CASSILÂNDIA -MS
História Municipal
Festa e tradição – Município
de Goiatuba
1)
Nome antigo do município. Origem do Nome antigo
– Origem do nome atual
Conforme informações pessoais mais ou menos relacionadas
com a vida histórica do município, dizem que, a origem do nome BANANEIRAS, nome primitivo dado ao município,
prende-se ao fato, de existir uma moita de bananeiras, mais ou menos, nas
proximidades das cabeceiras mais alta do Rio Santa Maria, neste município,
passando perto da mesma, uma estrada carroçável, e como no local era
lamacento, os carros de bois, que
trafegavam na referida estrada, atolavam e muitas vezes, seria necessário, os
carreiros posarem ali, afim de no dia seguinte, quando a ocorrência se dava a
noite, desvencilharem do atoleiro, desencravando ditos carros de bois. No
prosseguimento da viagem, outras pessoas indagavam como havia passado no
lamaçal das Bananeiras, respondiam que fora preciso de pousar. Assim, ficou
fixado o nome do córrego e suas cabeceiras de Bananeiras. Outros afirmam que,
nas proximidades da moita de bananeiras, residia um senhor que tinha o apelido
de “Joaquim das Bananeiras”. Mais tarde, deram o nome da fazenda, pelos seus
primeiros posseiros ou habitantes, o nome de FAZENDA BANANEIRAS”. Ainda,
esclarece ditos informantes, que o primeiro nome da localidade do terreno doado
ao patrimônio, chamava-se “São Sebastião do Campo Alegre”. Entretanto, ficou
fixado o nome de Bananeiras, pelos primeiros posseiros de terras da região, bem
como, por todos aqueles que transitavam nas terras, o nome Córrego das
Bananeiras.
A origem do nome atual – GOIATUBA – Não
vem da língua tupi. Sabe-se que, o nome Goiatuba, foi apresentado, no ano de
1.937, pelo andarilho Manoel Espósito Espositel, conhecido por Gabinatti, que
todo ano, visitava seus melhores amigos de Bananeiras, como: Cel. Lúcio
Gonçalves do Prado, Zacarias Martins Borges e outros. Gabinatti, sempre fora
hospede ilustre, para os habitantes da cidade, naquela época. Que embora tê-lo
como andarilho e louco ou uma pessoa que sofria das faculdades mentais, era
estimado pela população ou pelos amigos que ali possuía.
Os dirigentes e pessoas de influência
política do município, naquela época, formara mesa redonda, afim de discutires
na escolha do novo nome a ser dado ao município. Entre vários nomes apresentados,
resolveram aceitar o nome de Goiatuba, o mesmo informara que era derivado do
nome de Goiás. No entanto, outros mais entendidos no assunto, diziam que Goia,
vinha dos índios Goiá e tuba, significava “instrumento musical ou grande; quer
dizer que, goiá deriva-se da língua tupi, e tuba, grande. Goiás Grande.
Vários
jornais do Estado, como a Folha de Anápolis, teceu várias considerações sobre o
nome de Goiatuba e sua origem. Foi que no ano de 1.938, na gestão do
Ex-prefeito, professor Durval pereira, aceitara a sugestão do nome Goiatuba;
quando a Folha da Manhã, do Rio de Janeiro, publicara um longo artigo do Dr.
Guilherme Xavier de Almeida, criticando severamente o Ex-prefeito e professor
Durval Pereira, na escolha do nome Goiatuba; pois o mesmo não tinha expressão e
nem tão pouco tinha qualquer origem com a língua tupi; chamando o articulista,
o professor Durval Pereira até de burro. Não obstante, passou o antigo
município de Bananeiras a chamar-se Goiatuba.
NB - Guilherme
Xavier de Almeida, nasceu em Morrinhos-Go em 7 de fevereiro de 1910 - filho
de José Xavier de Almeida e neto de Francisco
Xavier de Almeida - Dr. Guilherme, foi
um político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte por
Goiás de 1946 até 1955. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade
de Direito de Belo Horizonte. Poeta e contista. (Grifo nosso).
2)
Aspectos Histórico do Município.
O território do
município de Goiatuba, que atualmente se entende por uma área avaliada em 5.018
km2 (quinquênio 1.953/58), acha-se situado na zona Sul do Estado, sendo sua
extensão máxima do município, de Norte a
Sul, 68 km e de Leste a Oeste, com 110 km.
A primeira penetração em terras
do município, foi naturalmente, levada a efeito pelos antigos bandeirantes que partindo
de São Paulo, seguiam em marcha para o Oeste em busca de ouro, pedras preciosas
e outras riquezas existentes no sertão brasileiro.
Da primeira penetração, que foi
em transito, nada se resultou, só mais tarde com a entrada de pessoas vindas do
Estado de Minas Gerais é que se deu a fixação destas no território do município,
com a posse de terras para a criação de gado bovino e para a agricultura,
construindo moradas, fazendas, etc.
No ano de 1892, foi dado à
Igreja, por Manoel Vicente Rosa, quarenta e nove cruzeiros (C$49,00) de terras de primitivo (naquela
época); Manoel Bernardo da Costa e sua mulher, cinco cruzeiros (C$5,00) mais ou
menos de terras de primitivo (naquela época) e por Cândido Luiz de Castilho e
sua mulher, cinco cruzeiros (C$5,00) de terras de primitivo (naquela época).
Doação essa feita, feita por escritura pública, ao patrimônio da Igreja,
exclusivamente para nele ser construído moradias, que, segundo informaram
pessoas antigas e conhecedoras do fato, não poderia, ditas terras serem
vendidas a outrem e nem arrendadas; que neste caso, deveria voltar aos seus
antigos possuidores doadores; constando da referida escritura, terras doadas ao
Patrimônio de Bananeiras.
Neste mesmo ano, Manoel Vicente
Rosa, se fez realizar a primeira festa religiosa, com a invocação de São
Sebastião, construindo para isso, um rancho coberto de palha, mais ou menos nas
proximidades do atual cemitério Municipal de Goiatuba e, em cujas solenidades,
foi revestida de grande brilho, com padre, Banda de Música, batizados,
casamentos etc., cuja renda foi empregada na primeira Igreja Matriz de São
Sebastião e ser em seguida dentro do Patrimônio
a ser fundado e com a denominação de Bananeiras. Iniciada a construção
da Igreja, por Manoel Vicente Rosa, que veio a falecer nessa ocasião.
O
Patrimônio de Bananeiras, ficou anexado ao termo de Morrinhos, que passou
tempos depois, a pertencer ao termo de Santa Rita do Paranaíba (hoje
Itumbiara), data da sua fundação, quando já se achava construída a Igrejinha
que, ao redor da mesma, surgiram várias construções para habitação e comércio,
fazendo jus a que no ano de 1900, fosse criado o Distrito de Bananeiras.
Continuando sobre a jurisdição do município de Santa Rira do Paranaíba, voltou
a ser anexado ao de Morrinhos pela Lei Estadual número 631, de 12 de junho de
1919, do qual se desligou definitivamente, quando da sua elevação à categoria
de Município autônomo, Termo Judiciário, pelo Decreto 627, de 21 de janeiro de
1931, conservando o seu antigo nome de Bananeiras.
Em 1938, porem, por Decreto da
Interventoria Federal do Estado de Goiás, passou a denominar-se GOIATUBA, seu
nome atual. Desde a sua fundação até o ano de 1940 o patrimônio tem sido
arrendado às respectivas administrações, por contrato renovado de 10 em 10 anos
administrações que o vem aforando a particulares, em lotes para construções.
Em 1940, foi a patrimônio
vendido por escritura pública definitivamente definitiva, ao município que está
loteando a parte vaga e vendendo, também por escritura definitiva tanto esta,
como a parte que se achava ocupada, pelos antigos foreiros, reservando algumas
áreas para serviços públicos.
O município de Goiatuba, fica
situado ao Sul do Estado de Goiás, no Planalto da Bacia do Rio Paranaíba,
limitando ao Norte com os Municípios de Morrinhos e Pontalina; a Leste, com
este, ou seja, com Morrinhos e Buriti Alegre; ao Sul com os Municípios de
Panamá e Itumbiara e a Oeste, com os Municípios de Rio Verde e Parauna. O seu
solo é cortado por vários cursos d’água, entre eles se destacando o Rio dos
Bois e Meia Ponte, com altitude máxima de 1.300 metros e o da sede com 630
metros. O território do Município é bem ventilado, por estar colocado em
posição altiplano, apresentando um clima temperado, sadio e agradável com
pequena exceção das terras da região dos Rios dos Bois e meia Ponte, por serem
impaludosas e em posição de longitude do meridiano do Rio de Janeiro, 6ª 23’ e
de latitude Sul, 17 ª e 45’.
Por ato das
disposições Constitucional Transitórias, Art. 8 ª da Constituição do Estado de Goiás,
promulgada em 20 de julho de 1.947, foi elevada a categoria de Comarca de
primeira entrância, com os limites e distritos que os integram na data desta
Constituição e atual termo Judiciário de Goiatuba, a ser instalado em 1 de
janeiro de 1.948, cuja instalação se deu a sete (7) de março de 1.948 por ato
executivo do Governador do Estado de Goiás.
Pela
lei n. 956, de 13 de novembro de 1.953, foi elevada em segunda entrância, sendo
o seu segundo Juiz, Dr. Arideu Costa de Oliveira.
Há
no município, nos seus diversos ribeirões e rios, várias quedas d’água que
dispões de potencial hidráulico bem vantajoso a ser aproveitado no futuro.
Existe
no município, quase todos, senão todos, os minérios existentes no Estado, tais
como: Diamante, ouro, mica, amianto, etc.
A
agricultura, já se acha relativamente bem desenvolvida no município, se bem
que, na sua grande maioria, ainda é tratada por processo rotineiro, começando
agora a desenvolver no sistema mecanizado.
Os
produtos agrícolas mais cultivados no município são: Arroz, milho, café, feijão, algodão,
mandioca, cana de açúcar, etc.
A
pecuária que tem sido até hoje a maior fonte de renda do Estado, é, neste
município, bem desenvolvida não só pela vantagem das pastagens de seu solo, bem
como pelo cruzamento das raças bovinas de maior alcance no peso e adaptação as
forragens existentes cujo número de produção, já é bem animador, na balança
econômica do município.
O
revestimento florístico do território do município, divide-se em geral de
matas, capoeira, cerradões e campos; contendo de matas e capoeiras, um quinto
mais ou menos de seu total com dois quintos de cerradões e dois quintos de
campos.
O
território do município, é de transformação quase plana, em seu total, com uma
pequena serie de acidentes, os quais, não atingem talvez, a oitava parte da
área total.
Não
há montanhas de importância no município, havendo apenas duas pequenas séries
de serras de pouca altura, uma na margem direita e outra na margem esquerda do
Rio Meia Ponte, parecendo ser uma ramificação da cadeia geral de serra do
Estado.
O
território do município que se estende pelas duas margens do Rio Meia Ponte,
faz parte das terras que fica situada entre as margens esquerda do Rio dos Bois
e margem direita do Rio, tributários do Rio Paranaíba, vertendo todo sistema
geral das águas do município, para esse grande Rio, estando assim o território
do município, assentado na bacia do Paranaíba.
Os
primeiros rios que banham o município são: O Rio dos Bois e Meia Ponte, sendo
que este corta seu território ao meio, os quais nascem mais para o centro do
Estado ao que parece, nos municípios de Itaberaí e Inhumas, respectivamente, e
desembocam no Rio Paranaíba, sendo os seus principais afluentes, dentro do município,
os ribeirões Bom Jesus, Santa Bárbara e Sicuri, para o primeiro, para o
segundo, os Ribeirões São Domingos, Mato Rico e Córrego Fundo.
No
município, praticamente, existe poucas indústrias. As existentes, são: em
número diminuto, seis serrarias ou Engenho de Serra, uma pequena usina
açucareira de turbina, na sede, cinco máquinas de beneficiar arroz, uma de
café, duas marcenarias e carpintarias, fabricando móveis finos, cinco olarias e
uma cerâmica com o fabrico de telhas francesas e tijolos comuns e furados de
vários tipos, não havendo pessoal técnico especializado.
O
comércio atacadista, já é bem desenvolvido, de gado bovino e suíno, cereais,
etc. Os produtos agrícolas, são em geral armazenados nos armazéns gerais de
Uberlândia e São Paulo por falta de silos no município.
As
vias de comunicação são: Estradas carroçáveis, rodoviárias e aéreas com quatro
(4) campos de pouso para avião, sendo um na sede municipal. A sede municipal
e todos o território do município, é
servido pela linha de expresso Triângulo Mineiro S/A e Cipam e Interdistrital, com dois ônibus. Na
sede, tem uma Agencia de Postal Telegráfica.
PREFEITOS
DO MUNICÍPIO
1)
Francisco Evaristo
de Oliveira, nomeado pelo Decreto Lei n. 627, de 21 de Janeiro de 1.931,
tomando posse no dia 20 de fevereiro do mesmo ano. Esse prefeito funcionou até
12 de julho de 1.938, havendo uma pequena interrupção de alguns meses, durante
o período da Revolução de São Paulo em 1.932, assumindo interinamente, durante
seu afastamento, o Sr. Joaquim de Sousa Filho. Reassumindo suas funções no dia
19 de outubro de 1.932.
2) Durval Pereira, nomeado pelo Decreto Lei n. 791 de
7b de Junho de 1.938, da Intervenção Federal, tomando posse do cargo de
Prefeito no dia 13 de junho do dito ano, funcionando até o dia 4 de julho de
1.939.
3) Glicério Cunha, nomeado pelo Decreto Lei n. 2124,
de 21 de janeiro de 1.939, da Interventoria Federal do Estado, tomando posse no
dia 5 de julho de 1.939, funcionando até o dia 30 de agosto de 1.942, data do
seu falecimento, em Goiânia, Capital do Estado.
4) Orlando Borges Junior, nomeado por Decreto Lei n.
6560, de 15 de outubro de 1942, tomando posse no dia 30 de outubro de 1.942 do
cargo de Prefeito Municipal.
5) Hélio de Araújo, nomeado por ato da Interventoria
Federal em novembro de 1.945, funcionando até 26 de março de 1.946, em
Comissão.
6) Antônio de Faria Filho, nomeado por ato da
Interventoria Federal, em data de 27 de fevereiro de 1.946, tomando posse do
cargo no dia 7 de março do dito ano, comissionado.
7) Francisco Evaristo de Oliveira, eleito pela legendo
do P.S.D., nas eleições realizadas e 23 de novembro de 1.946, tomando posse do
cargo em 2 de dezembro de 1.947.
8) José Maria Filho, eleito pela legenda do P.S.D.,
nas eleições realizadas em 3 de outubro de 1.950 e tomando posse no dia 31 de
janeiro de 1.951.
9)
Antônio Rodrigues de
Freitas, eleito pela legenda do P.S.D., nas eleições realizadas em 3 de
outubro de 1.954 e tomando posse no dia 31 de janeiro de 1.955.
3)
NOME DOS DISTRITOS (vilas) (NOMES ANTIGOS E O
ATUAL E SUAS RESPECTIVAS ORIGENS)
O território do município de Goiatuba, conta com três (3) distritos:
a)
Distrito sede.
b)
Distrito de Bom Jesus.
c)
Distrito de Joviânia.
O Distrito de Bom Jesus, não teve mudança de nome.
Conserva o mesmo nome desde quando povoado. O distrito foi criado por Lei
Municipal, n. 56 de 23 de dezembro de 1.953 a ser instalado 30 dias após sua
criação. O nome do Distrito de Bom Jesus, é originário do nome do Ribeirão Bom
Jesus. O terreno do patrimônio Bom Jesus, foi doado no ano de 1.925, por dona
Carolina V. da Mota, com uma área de 4 alqueires de oitenta litros, ou seja, dezesseis
hectares e trezentos e trinta e seis ares, em terreno de campo para nele ser
construído o povoado de Bom Jesus.
No mês de agosto do dito ano, dona Maria Almeida
Saraiva, promoveu a primeira festa religiosa, havendo construído uma pequena
igrejinha coberta de palha, para a realização dos festejos, com a invocação do
Senhor Bom Jesus. A segunda igrejinha, foi construída por dona Carolina Vieira
da Mota, coberta de telha. A primeira festa religiosa levada a efeito, no
Povoado de Bom Jesus, na nova igreja, foi realizada no mês de maio de 1.925 com a invocação de São Sebastião, por
dona Carolina Vieira da Motta.
Na instalação do Distrito no mês de janeiro de
1.954, foi o seu Primeiro Juiz, cidadão Oscar Ribeiro de Mendonça e
Sub-prefeito Municipal, cidadão Ruy Pereira Barbosa.
Em dezembro de 1.955, foi novamente empossado para
exercer o cargo de Sub-prefeito, o cidadão Luiz Gomes de Freitas.
O Distrito de Joviânia, criado pela Lei Municipal,
n. 57 de 23 de dezembro de 1.953 e a ser instalado 30 dias após sua criação.
Fato que não se realizou. Somente agora no corrente ano, foi lavrado o termo de
compromisso, tomando posse do cargo de Sub-prefeito, o cidadão, José Diogo de
Sousa. Antes dessa ocorrência, em 1.954, fora nomeado Juiz Distrital e
respectivo Esvrivão Distrital, que tomaram posse nessa ocasião, senhores:
Arlindo Alves da Silva e João Laurentino da Cunha, respectivamente, que veem
funcionando até hoje regularmente.
O nome antigo do Distrito de Joviânia, era, no
então Povoado Bôa Vista. A origem desse nome, Bôa Vista, vem dos seus primeiros
habitantes que deram esse nome, devido a posição do terreno ser bastante
elevado, calculando-se uma altitude de mais de mil metros do nível do mar; daí
se avistam e apresentam um panorama pitoresco e agradável.
O nome atual Joviânia, foi dado ao Distrito, quando
da sua criação, em 1.953, em homenagem ao seu fundador, o doador cidadão
Joviano Ferreira Barbosa, fazendeiro ali radicado, desde a longos anos, sendo
uma família mineira, que fez parte da segunda penetração nas terras do
município, aqui constituindo família, construindo fazendas, sítios e sendo um
dos mais importantes criadores de gado da região naquela época. Joviano
Ferreira Barbosa, no ano de 1.935, fez doação de oito hectares e cento e
sessenta e oito ares de terras de campo e cultura ao patrimônio da Igreja a ser
construída na localidade e consequentemente, o povoado que teve seu primeiro
nome de Bôa Vista. A s primeiras festas religiosas, que se realizou no povoado,
fora promovida pelo seu criador e doador Joviano Ferreira Barbosa, com a
invocação da Nossa Senhora da Abadia. Solenidades essas, que vem repetindo
anualmente, no mês de maio.
4)
NOME DOS POVOADOS. ORIGEM DOS MESMOS
O município de Goiatuba, conta atualmente com dois (2)
Povoados dignos de registros, que são:
a)
Povoado de Guarilândia. A origem desse nome,
significa: Terra Grande; exemplificando, guari – terra e lândia- grande.
Formando assim o nome Guarilândia – Terra Grande. Essa interpretação foi dada
pelos próprios fundadores.
No ano de 1.947, no advento do governo Jerônimo Coimbra
Bueno, período de Governo Dutra, os senhores: Manoel Luiz de Oliveira e Alcides
Pereira Lima, fizeram doação ao Estado de Goiás, por escritura pública lavrada
nas notas do 1. Ofício deste Município, de uma área de terras de cultura,
contendo doze hectares e duzentos e cinquenta e dois ares, ou seja: três
alqueires de oitenta litros, com a finalidade exclusiva de ser construído
dentro da área doada ao Estado, um Grupo Escolar. Assim, foi o referido Grupo Escolar construído, no
período da gestão do Ex-governador Coimbra Bueno, com verba federal, dada aos
municípios Brasileiros, pelo Ex-presidente General Gaspar Dutra. O citado Grupo
Escolar, na sua construção, que foi feito na administração da firma Irmãos
Machado desta localidade. Ainda no mesmo ano até agora, a maioria dos
fazendeiros situados na região, construíram em outra área, devidamente traçada
em logradouros públicos, casas para moradia, comércio, hospedagem, etc.,
contando atualmente, com uma população local, de mais de 450 habitantes e mais
de 50 casas residenciais e simultâneas, para outros fins. Em seguida, os doadores
do terreno ao Estado com os atuais proprietários de casas residenciais, deram
início a construção de uma Igreja Católica, obra esta, terminada nos fins do
ano 1.952. Realizou-se a primeira festa religiosa no povoado que se formara,
com a invocação de Nossa Senhora da Abadia, padroeira do Povoado Guarilândia.
b)
Povoado de Rochelândia. A origem desse nome, vem do mesmo nome da
antiga fazenda Rochêdo. Os seus fundadores, deram a seguinte interpretação ou
significado: Rochêdo – Pedra e Lândia – Grande, formando assim o nome de
Rochelândia, Pedra Grande. No ano de 1.947, Murilo Gomes, fazendeiro ali
radicado, fez doação ao Estado de Goiás, por escritura pública, lavrada nas
notas do tabelião do primeiro ofício deste município, de uma área de terras de
campos, contendo oito hectares e cento e sessenta e oito áres, ou seja: dois
alqueires de oitenta litros, com a finalidade de ser ali construído um Grupo
Escolar. Assim foi construído dito Grupo Escolar dentro da área doada ao
Estado, no Governo Coimbra Bueno, período da gestão do Governo Presidente
Gaspar Dutra, o qual deu a verba federal, não só a este município, como a todos
os municípios brasileiros, no mesmo ano de 1.947, cuja obra fora entre(gue) a
firma Irmãos Machado desta localidade. A seguir, os fazendeiros da região e
outras, construíram casas residenciais e comerciais em redor ou melhor, na
linha da rodovia Goiatuba-Bom Jesus, proximidades do referido Grupo Escolar.
Mais tarde, um dos fazendeiros da região, Senhor Baltazar Pereira Sobrinho,
loteou uma área de terras que limitava com as terras doadas, que está vendendo
lotes para a construção de casas residenciais e para o comércio, já contando o
povoado Rochelândia, com mais de 40 habitações, e uma população calculada em
500 habitantes, mais ou menos. Pelos habitantes do povoado, foi construída a
primeira Igrejinha, na qual foi realizada a primeira festa religiosa, pelo
senhor Baltazar Pereira Sobrinho.
Segue em papel separado o pedido do item 6, do IR/GO/SI
1.395 o que foi possível.
Agencia Municipal de Estatística de Goiatuba, 1 de setembro
de 1.956.
Antônio de Lisboa Lima – AGENTE MUNICIPAL DE ESTATÍSTICA
O referido documento
ora transcrito, foi digitalizado na sua íntegra tal como no original. O mesmo
encontra-se nos “Arquivos do Terrajóia.” Agradecemos o Sr. Antônio Lisboa,
filho do agente municipal de estatística na época.

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